Veja
- Edição 1926 . 12 de outubro de 2005
Entrevista: Hebe Camargo
Veja –A
senhora se considera uma formadora de opinião?
Hebe –O que eu mais sei é fazer
o auditório rir com minhas besteiras e ir
para casa feliz. Mas eu conheço o poder da
minha palavra. Sei que os espectadores me vêem
como uma figura bem-sucedida e pensam: se deu certo
com ela pode dar comigo também, vou seguir
suas opiniões. E não vou dizer que
não tento mudar a opinião das pessoas.
Eu tento, sim. No caso da campanha do desarmamento, por
exemplo, tenho falado com as pessoinhas menos esclarecidas,
para explicar as coisas que não estão
muito claras sobre o SIM e o NÃO. Vou
votar pelo NÃO, porque acho
que não se pode desarmar a população
enquanto os bandidos estão estupidamente armados.
Tudo está tão confuso no país –é crise
política, é referendo. Acho que, com
meus palpites, posso ajudar. Acredito que penso mais
no povo que os próprios políticos,
que deveriam estar fazendo isso.
|