Dr Reale fala sobre as inconstitucionalidades do Estatuto do Desarmamento, na OAB

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No dia 5 de dezembro de 2006, na OAB-SP, a convite de Dr George Niaradi, Diretor de Eventos daquela organização, o Dr Wladimir Sergio Reali, patrono de 2 ADINs, no Supremo Tribunal Federal, contra o Estatuto do Desarmamento, pronunciou importante conferência sobre os 3 anos de vigência do estatuto.


Depois de historiar o processo de desarmamento dos homens de bem, iniciado no governo FHC – com a aprovação a lei 9437 e a criação do SINARM – terminando na aprovação do Estatuto do Desarmamento pelo governo Lula, Dr Reale, fez notar como houve um aumento expressivo da criminalidade e uma imensa reação da opinião pública de tal forma que, hoje, no Congresso Nacional, são aproximadamente 80 projetos de lei contestando e reformando pontos do estatuto e no Supremo Tribunal Federal, 10 ADINs e 19 impugnações.

O prazo para a renovação do registro que expirará no próximo dia 2 de julho de 2007, “trará um problema gigantesco para o Brasil”. Há uma incapacidade prática da Polícia Federal com apenas 7.000 homens de atender às suas diversas atribuições e, além disso, dar conta do recado de renovar os registro de “dezenas de milhões” (segundo documento da PF) de armas em mãos de civis. A conseqüência é evidente: obrigará àqueles que não o fizerem dentro do prazo a desfazerem-se de suas armas, ou entrarem para a ilegalidade e o crescimento do contrabando de armas será evidente, concluiu.

“É uma verdadeira paranóia administrativa”, uma incongruência. Primeiro, por fazer um referendo que custou aos cofres públicos 600 milhões de reais, quando no ano seguinte haveria as eleições presidenciais no país, ocasião em que poderiam perfeitamente fazer a consulta popular. Segundo, pelas exigências descabidas para a renovação de seu registro. A lei é tão absurda que se um brasileiro honesto atirar para o alto com o intuito de espantar um bandido de sua casa ou propriedade e ele fugir, o dono da arma poderá ser preso sob pena de 2 a 4 anos de reclusão apenas por ter atirado para o alto!

Apesar da posição favorável do governo Lula ao Estatuto do Desarmamento, o Dr. Reale acredita que alguns dispositivos serão modificados no Supremo. Sem fixar data, ele espera que, provavelmente, em fevereiro ou março, as ADINs possam ser julgadas pelo STF.


Concluiu sua conferência afirmando que “esta lei não é legítima, não foi honesta e está sendo atacada porque não serve a população”.


Esta foi mais uma promoção da coalisão pela legítima defesa