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Terça-feira, 5 junho de 2007 -METRÓPOLE

Desde novembro, lobby conseguiu dez audiências em ministério

Desde novembro, quando o governo federal fixou o prazo final para o recadastramento das armas de fogo, representantes das empresas de segurança privada conseguiram pelo menos dez audiências com assessores do Ministério da Justiça para pedir mudanças na lei. Os encontros foram intermediados por três deputados federais e dois senadores. “Eles (os políticos) simplesmente ajudaram a abrir as portas”, diz o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sesvesp), José Adair Loiola, que prefere não revelar o nome dos parlamentares.

O lobby se intensificou no mês passado, depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski manteve a cobrança da taxa. No fim de 2003, com a aprovação do estatuto, diversas empresas ingressaram com ações questionando a constitucionalidade da lei. “Somos empresários, deveríamos ser isentos da taxa”, reivindica Loiola. “Não usamos as armas para outro fim que não seja a prestação de serviços. Merecíamos tratamento diferenciado.”