O único
voto contra foi dos Estados Unidos, enquanto russos
e chineses estiveram entre os 24 que se abstiveram.
O embaixador britânico para o Desarmamento junto
das Nações Unidas, John Duncan, classificou
o resultado da votação como um grande êxito.
' Cento e trinta e nove países disseram 'sim'
ao comércio responsável de armas e estamos
preparados para discutir com a ONU, com consumidors e
produtores.
Segundo John Duncan, proliferam iniciativas para lidar
com armas ligeiras, mas nenhuma para atender ao mais
vasto impacto de armas convencionais de maior calibre.
No prazo de um ano, o secretário-geral das Nações
Unidas deverá apresentar um relatório sobre
a introdução de padrões internacionais
comuns à exportação, importação
e transferência de armas.
A redacção e aprovação de
um tratado internacional levará anos, mas analistas
consideram que a votação que desencadeou
o processo foi um passo importante.
O Irão questionou a efectividade de qualquer
tratado sem o apoio dos três maiores exportadores.
Rebecca Peters, directora da Rede Acção
Internacional sobre Armas Ligeiras acha que os Estados
Unidos terão de respeitar o tratado que vier a
entrar em vigor dada a interdependência entre fornecedores,
compradores e intermediários num mercado global.
Essa activista deu como exemplo o Tratado
de Minas Terrestres, dizendo que apesar dos norte-americanos
não o
terem ractificado, a sua entrada em vigor levou à cessação
da transferência de minas internacionalmente.
'Ainda que em última instância os Estados
Unidos não o venham a ractificar, terão
de o cumprir em grande medida, porque os seus clientes
estaarão a cumprir.'