Especialista norte americano vem ao Brasil para saber como conseguimos a vitória no referendo de 2005

Diogo Waki
Coordenador Paulista da PLD
10 Nov 2007


Tvemos, nesta semana, importante entrevista com Dr Clifford Bob, (PHD –MIT, J.D. NYU, BA pela Harvard University), professor e cientista político da Duquesne University, de Pittsburgh – USA, que está coletando dados para escrever um livro sobre a questão do desarmamento no Brasil, e o referendo de 2005.

Apesar de relativamente bem informado sobre nossa vitoriosa campanha, no referendo de 2005, as origens da coalizão Pela Legítima Defesa, as organizações que nela atuaram mostrou-se particularmente interessado em saber se recebemos o patrocínio de instituições internacionais, como a NRA, por exemplo e como foi possível conseguir o sucesso.

Quando soube que nossa atuação é pelo idealismo de milhares de brasileiros que teimam em defender os direitos à legítima defesa e o direito dos homens honestos de ter e portar armas de defesa e que para isso não recebemos patrocínio do exterior, e que vivemos única e exclusivamente de doações generosas de participantes de nossas campanhas, ficou deveras impressionado.

Explicamos-lhe que logo no início de nossa coalizão, convidamos dois americanos para falar-nos de suas experiências e indicar-nos como e o que fazer para defender nosso direito à legítima defesa tão ameaçado por projetos de leis que visavam suprimi-lo: Mr. Morton C. Blackwell, do Leadership Institute, e Mr. Charles Cunningham, Diretor de Assuntos Federais do Instituto para Ação Legislativa da Associação Nacional do Rifle (ILA-NRA).

Tivemos essa assessoria intelectual e, evidentemente, o exemplo de várias organizações norte-americanas que lutaram e lutam em defesa desses mesmos direitos. Todavia, apoio financeiro, nenhum.
Perguntou-nos qual a fundamentação de nossa luta e se temos no Brasil, algo parecido com a segunda Emenda Constitucional norte-americana que garante o “direito de ter e portar armas de defesa” (the right to keep and bear arms).

O Coronel Paes de Lira, nosso porta-voz, foi também nosso intérprete, dado a facilidade com que ele domina o idioma inglês, explicou-lhe que a fundamentação está no Direito Natural, no 5º Constitucional e no código de direito penal que nos garante o direito à vida e à legítima defesa. Evidentemente, há também a fundamentação na doutrina católica, entretanto, nossa campanha não é voltada exclusivamente para o público católico.

Entretanto, o ponto fundamental e no qual ele mais insistiu, foi como no Brasil com poucos recursos financeiros, se conseguiu a espetacular vitória durante o Referendo, no qual 65% dos brasileiros disseram “NÃO!” à proibição do comércio de armas e munições.

Foi lhe mostrado que, quando constituiu-se a Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa, em 2005, que defendia o “NÃO”, o trabalho de mobilização de opinião pública começado há pelo menos 4 anos, constituiu importante fator na vitória do Referendo. Sempre atuando em consonância com a Frente, insistimos que o foco principal de nossa argumentação estava em que o brasileiro não deveria renunciar a mais esse direito.

Isto sensibilizou muito a população de norte a sul do Brasil de tal sorte que no referendo a vitória foi total e esmagadora. Apesar de todo o apelo sentimental de nossos opositores, que insistiam em mostrar pessoas chorando a morte de um ente querido, apesar do comprometimento quase que total da imprensa escrita, falada e eletrônica a favor do “SIM!” em todos os estados e praticamente em todos os municípios o “NÃO!” prevaleceu.

Além do Coronel Paes de Lira estiveram - representando a Federação do Tiro Prático e o RAM Clube, o Dr. José Luis de Sanctis; o Movimento Viva Brasil, o Prof. Bene Barbosa; o Safari Club Internacional – Brasil, o Dr. Caio Alfaya - e eu representando a Pela Legítima Defesa.

Muito impressionado com o que viu e ouviu, o Dr Clifford Bob agradeceu muito as informações e prometeu para os fins de 2008 ou começo de 2009 a publicação do seu livro.

Dr Clifford Bob, muito obrigado pela oportunidade que nos foi dada de, mais uma vez, apresentarmos a verdade dos fatos..

Atenciosamente
Diogo Waki
Coordenador Paulista da PLD